Itália, o país da bota. - Seduc Intec
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26/05/2022

Itália, o país da bota.

É curioso, mas a forma geográfica deste país se assemelha muito a uma “bota” e isso a torna ainda mais charmosa, em todos os aspectos.

De norte a sul a Itália tem uma riqueza cultural incrível. Destaca-se na gastronomia, arte, moda, arquitetura, viticultura, entre outras.

Aliás, você sabia que a Itália é um dos únicos países do mundo que planta videiras em todas as regiões do seu território? Ainda, a Itália é o principal produtor da bebida no mundo, à frente de todas as outras nações. Não é para menos! Todas as regiões do país têm o clima e solo perfeitos para garantir a colheita de incríveis uvas.

Ainda sobre vinhos, a Itália domina praticamente todos os métodos e técnicas de produção, além de ter seus vinhos “fora da lei” produtores. Para entender um pouco mais, sempre que queremos valorizar o que temos de mais exclusivo procuramos delimitar uma série de fatores. No caso dos vinhos a localização geográfica, tipo do solo, técnica aplicada, produtos naturais, locais e com isto obter algo único e exclusivo. Feito isso criam-se as classificações de grandeza e regras a serem seguidas para atingir este selo de classificação e uma das regras é que as uvas sejam autóctones, ou seja, que se originam da região onde é encontrado, onde se manifesta. Aliás, a Itália é um dos países que passou o maior número de uvas autóctones. Nebbiolo, Barbera, Corvina, Sangiovese, Aglianico, Fiano, Sagrantino, Negroamaro, Nero d’Avola, Inzolia, Perricone, são alguns exemplos. A lista é enorme e alcança algo entre 900 e 1000 castas.

Tavola, IGT (Indicação Geografica Típica) , DOC (Denominação de Origem Controlada), DOCG (Denominação de Origem Controlada e Protegida) e como resultado desta classificação apareceram “os vinhos fora da lei”. Produtores, por um motivo ou por outro, preferem seguir caminhos diferentes dos prescritos para uma DOC. Em 1965, o marquês Mario Incisa della Rochetta implantou um vinhedo com Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc, na época variedades não autorizadas na elaboração de vinhos com a classificação DOC. A colheita de 1968 foi a primeira a ser colocada no mercado, com sucesso imediato. Nascia então o Sassicaia, primeiro de uma nova geração de vinhos italianos a conseguir reconhecimento internacional, “supertoscanos”, cunhada pela revista norte-americana Wine Spectator. A partir daí, outros produtos do gênero foram lançados, entre eles o Tignanello, do marquês Piero Antinori. A enologia da Itália é riquíssima e mercê muita atenção.

 

A gastronomia não deixa a desejar. Pratos emblemáticos como a pizza, as massas, queijos, presuntos, embutidos, frutos do mar, dentre outras preparações fazem da Itália um sonho de consumo. Único no mundo pela qualidade e invejado e apreciado por todos. Precisamente pela alta qualidade dos produtos italianos, a Itália representa na Europa o país com o maior número de selos de proteção das suas produções, como as DOC, IGT, etc. anteriormente citados e aplicados as comidas e bebidas ali produzidos.

 

O Brasil é povoado desta cultura que aportou em nossas terras pela colonização. Muito mais presente no sul do nosso país, não necessitamos ir muito longe para poder apreciar as delícias e encantos desta gastronomia.

 

Aliás, você já ficou curioso para saber o que é uma Osteria, uma Trattoria, uma Cantina ou um Ristorante?

Pois bem, Osteria é a forma mais simples de um estabelecimento que serve refeições – a mãe fica na cozinha, o pai no caixa e os filhos dão suporte atendendo o salão. As osterias eram antigamente o ponto de parada de peregrinos. No conceito de antigamente eram locais mais voltados para servir bebidas. A comida era um acompanhamento, um petisco complementar, mas atualmente as osterias tem cardápios mais completos e ambiente mais luxuoso.

Já a trattoria é uma osteria que subiu um nível em tamanho e quantidade de funcionários. Nas trattorie existem empregados como garçom, ajudante ou cozinheiro.

 

As Cantinas, originalmente, eram os espaços onde se fazia os vinhos, uma vinícola mesmo. Com o passar dos tempos virou um local onde ao se apreciar a bebida eram servidos petiscos e daí para servir uma refeição foi um pulo. As cantinas são ambientes simples, adornados com quadros de família, ferramentas de trabalho, garrafas e luzes com pouca intensidade. A luz fraca faz referência aos locais onde se guardavam os vinhos e para uma melhor preservação ficavam abrigados da iluminação direta. Com isso, a luz de velas acabou virando um charme a parte nas cantinas de hoje. É típico comida farta, simplicidade e muito barulho, como uma boa casa italiana.

E o Ristorante conta com uma equipe profissional. É claro que o preço sobe à medida que o número de empregados aumenta, mas não necessariamente precisa ser um ambiente luxuoso e sofisticado. O que importa é ter boa comida e ser bem atendido, não é..?!!!

Tudo isso para te deixar curioso com o que podemos encontrar de preparações nestes estabelecimentos. Desde pratos mais simples, dito camponeses, até os pratos mais sofisticados, dignos de estrelas Michelin.

 

Marcio Lepca, MBA, Chef de Cozinha e Sommelier

 

 

 

 

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